Vereadores fazem reunião fechada após oitivas e pedido de afastamento

Os vereadores de Campo Grande estão reunidos a portas fechadas na Câmara nesta segunda-feira (31). Eles entraram pela porta dos fundos e conversam após o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) convocar novas oitivas aos vereadores pela Operação Coffee Break.

Também preocupam o Legislativo municipal os pedidos de afastamento de vereadores que são ouvidos pelo Gaeco: Paulo Siufi (PMDB), Edil Albuquerque (PMDB), Airton Saraiva (DEM), Chocolate (PP), Gilmar da Cruz (PRB), Carlão (PSB)e Edson Shimabukuro (PTB).

O presidente da Câmara, vereador Mario Cesar (PMDB), já foi afastado. O secretário de saúde na gestão de Gilmar Olarte, Jamal (PR), o ex-vereador Alceu Bueno, os empresários João Baird, João Amorim e Fábio Portela também são investigados.

O Ministério Público Estadual já informou a Câmara sobre o conteúdo da investigação, que pode punir vereadores por quebra de decoro. Todavia, a procuradoria da Câmara não deve afastar os vereadores. A suplente de Chocolate, Jacqueline Hildebrand, foi a primeira a pedir a convocação para a vaga. Caso a Câmara se negue, ela deve entrar com mandado de segurança no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul.

O Gaeco já tinha identificado possível arranjo para cassar Bernal durante a Operação ADNA, que investiga Olarte por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Enquanto isso, no mesmo período, a Polícia Federal investigava o Governo do Estado por suposta quadrilha para direcionar licitação e superfaturar obras e acabou encontrando outros áudios que revelaram possível compra de voto para cassar Bernal.

Com o cruzamento das informações o Gaeco acabou aumentando os indícios, que levaram a detenção dos vereadores, empresários e o afastamento de Olarte e Mario Cesar. O vice-prefeito e o vereador já impetraram recurso, mas a Justiça negou